O Enem e seus problemas

A reportagem do Fantástico do dia 22 foi sobre os problemas da redação do Enem. Farei alguns comentários sobre a reportagem e, depois, sobre a redação.

Sobre a reportagem, confesso que ainda fico surpreso com a relutância da i

mprensa em buscar opinião sobre especialistas em linguagem. Afinal, acredito que a opinião de um linguista pudesse dar muito mais confiabilidade à reportagem.

O Mário Prata é um escritor e não é um especialista. Sempre digo que é diferente escrever uma redação e um romance ou crônica. Não há garantia alguma que Machado de Assis seja capaz de escrever uma redação eficiente, pois  gêneros textuais distintos requerem processos de composição específicos. Talvez o que Mário Prata pense que são “os mesmos defeitos e as mesmas qualidades” fossem as características próprias do gênero redacional em questão.

O Professor Sérgio Noronha é conhecido como professor do soletrando, o que não qualifica e não o desqualifica para a tarefa de examinar a redação. O que ele não deixou claro na sua fala é: as correções que ele fez seguem os padrões do Enem?

Não sei em que colégio a professora Susana Vaz Húngaro leciona ou qual é a sua linha de pesquisa. Procurei seu nome no Lattes e não encontrei, mas foi dela o comentário mais adequado. A professora reclamou que apenas um dos candidatos colocou uma proposta de intervenção, critério de nota na correção do Enem. A partir do comentário da professora, faço minha crítica ao Enem.

A proposta do Enem, da maneira como foi montada, não permitia, de maneira clara, uma proposta de intervenção do aluno. Afinal, a questão da privacidade na Internet não um assunto que permita uma intervenção pontual, como exige uma prova do Enem.

De qualquer forma, o Enem é definitivo, é o mais importante do Brasil e é uma prova em construção.

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