Escrita e poder na perspectiva dos Estudos do Letramento


Postarei algumas anotaçãoes que fiz da aula da Profa. Dr. Angela Kleiman, no dia 17/03, no auditório do IEL.

Usando como referência a memória (referência questionável, então) o presidente Lula falou que ler não era tão simples e prazeroso como as pessoas supunham. Como professor, posso dizer: ele tem toda razão. Se o Lula fosse sábio também para falar de Direitos Humanos….

Escrita e poder na perspectiva dos Estudos do Letramento
  • imaginário da leitura: concepção autônoma de escrita. quem lê, tem seus valores transformados. a leitura é uma competência individual e evidente; 
  • desigualdade na distribuição de oportunidades 
  • a escola não é a única porta de acesso à leitura; 
  • aprender a ler implica em conhecer o contexto do que se lê; 
  • ler bem um tipo de texto não significa ler bem um outro tipo; 
  • a leitura não é uma atividade mental apenas, mas social também; 
  • não importa apenas que o aluno lê, mas o que ele lê e como se relaciona com aquilo que lê; 
  • as praticas de letramento estão moldadas pelas instituições de poder. como funciona a escrita nas pessoas que estão às margens do poder? 
  • sem teto/sem escola/sem letra –> a escrita, paradoxalmente, se torna uma barreira ao acesso da democracia; 
  • para as pessoas às margens do centro letrato e cultural, a leitura é apenas um instrumento de acesso à burocracia estatal. dessa forma, torna-se muito difícil aprender a ler por prazer; 
  • a correção de um texto é um processo ideológico (Bakhtin) 
  • o acesso à leitura não é um processo neutro.

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