Seríamos nada mais do que uma mistura de moléculas?


Saiu na Folha de hoje mais uma reportagem sobre a nova era proposta pelos estudos intracelulares. Parece-me que alguns pesquisadores têm visto os estudos das moléculas, dos dnas como o novo oráculo.

Menos, bem menos, eu recomendaria.


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Temos que levar em consideração que a FSP não é jornal de divulgação científica e a tendência desses meios é vulgurizar e simplificar as possiblidades de um estudo. Mas segundo o jornal, em um artigo publicado na revista Science, cientistas liderados por Sheryl Smith, da Universidade de Nova York, descobriram uma proteína em camundongo jovens chamada alfa4-beta-delta.

Pois bem, essa molécula é um receptor celular que funciona de uma determinada maneira segundo a ausência ou presença de um “sinal” e o tal receptor se espalha pelo hipocampo durante a puberdade.

Para reverter o quadro, nas cobaias, foram aplicadas doses extras de hormônio THP para que aumentassem os níveis de estress e motivação.

Não sou bioquímico ou qualquer outra espécie de bio ou químico, mas posso proferir algumas sentenças sem medo de errar:

1 –) O estress não é causado por nenhum hormônio. Ao contrário, o hormônio é liberado pelo estress. E estress, cada um tem o seu. Eu, por exemplo, me incomodo muito com elevadores;

2 –) A aprendizagem é uma atividade simbólica e não depende de nenhuma proteína, de nada. Depende de um cérebro mínimo.

Simbólico. Uma palavra boa para definir seres humanos.

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